Nascido em Patos de Minas no dia 07 de fevereiro de 1898, descendendo, pelo lado paterno, de italianos, e pelo lado materno, de família mineira oriunda de Cláudio, Júlio Bruno iniciou sua vida de trabalho aos 4 anos de idade, carregando malas de roupa para a mãe viúva que sustentava a família trabalhando como lavadeira.
Aos 11 passou a trabalhar como caixeiro na “Casa do Totó”, tendo ali adquirido, ao longo dos anos, grande experiência no campo comercial. Mais tarde tornou-se sócio de seu futuro sogro em uma espécie de empório onde se vendia de tudo e que se transformou em ponto de encontro dos amigos e políticos da cidade. Essa firma comercial, localizada na Praça Antonio Dias, foi o embrião da futura “Casa do Júlio”, que durante anos a fio funcionou como local onde, além de negócios, resolviam-se problemas ligados à política e até familiares, e no qual o proprietário, utilizando seus dons de equilíbrio e moderação, evitou a ocorrência de muitos atritos e a consumação de agressões e outros atos de violência.
De sua união conjugal com Amélia de Melo Bruno, pertencente à tradicional família patense Caixeta de Melo, nasceram cinco filhos: Gloria, Cleusa, Antonio, Francisco e José Eustáchio.
Católico fervoroso e exercendo com muito orgulho sua condição de Congregado Vicentino, foi também influente político militante e um dos fundadores do antigo PSD em Patos de Minas. Não tinha inimigos entre os simpatizantes de outros partidos, sendo pelo contrário, bem relacionado com todos os líderes dessas agremiações políticas, mantendo com alguns, inclusive, estreitas relações de amizade.
Colaborou para a fundação da Sociedade Recreativa Patense e do Esporte Clube Mamoré. Sempre soube dar vazão aos bons sentimentos que brotavam de seu coração, tendo criado, além dos próprios filhos, 5 ou 6 moças, educando-as e conduzindo-as a um casamento sólido e feliz.
Os amigos eram incontáveis, e lastimaram com profunda emoção seu falecimento ocorrido aos 86 anos de idade, em 04 de janeiro de 1985, no Hospital Vera Cruz, cercado pelo amor e carinho de esposa, filhos, genros, noras e netos.
* Fonte e Foto: Texto publicado na edição n.º 03 do jornal O Tablóide de 01 de junho de 1996, do arquivo de Fernando Kitzinger Dannemann.