A Lagoinha sempre foi tratada com desdém pelo poder público. Até a década de 1990, era apenas um espelho d’água quase à beira da falência e tomada pelo mato. Por pouco não seca completamente. Milagrosamente, ela sofreu uma cirurgia plástica e se transformou numa área de lazer quase perto do decente, transformando-se, através da Lei n.º 3.246, de 27 de agosto de 1993, em Parque João Luiz Redondo¹, inaugurado oficialmente em 24 de maio de 1994. Depois, tudo voltou ao normal, isso é, pouco cuidado com a manutenção do local. Já em situação crítica novamente, em 26 de setembro de 2022, a Prefeitura iniciou os trabalhos de retirada dos peixes da lagoa para o processo de desassoreamento. As espécies nativas foram levadas para a Lagoa Grande e as não nativas encaminhadas ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres, Cetras. Depois, seria feito o reparo na drenagem e na alimentação. Após a devida revitalização, ela será adotada pelo UNIPAM. Enquanto isso, a Prefeitura pede paciência. E há que se ter muitíssima paciência, pois após UM ANO E UM MÊS, ela continua seca e nem sinal da continuidade da obra. Para piorar, está tomada pelo mato e praticamente às escuras. Não chore por mim Lagoinha, eu choro por ti!
* 1: João Luiz Redondo nasceu em Patos de Minas no dia 16 de janeiro de 1896. Industrial, foi pioneiro no ramo de olaria com maquinário, fabricando tijolos, telhas e artesanato em cerâmica no referido bairro, local em que também fundou a Igreja Presbiteriana. Faleceu em 07 de julho de 1959.
* Texto e foto (22/10/2023): Eitel Teixeira Dannemann.