BENEFICIADORA DE ARROZ: 1.º PRÉDIO DA AVENIDA BRASIL

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Afirma-se a cada momento o nosso progresso, que segue em ritmo acelerado e seguro, com realizações surgindo, sempre, sob o alto escopo de enquadraram-se ao interesse do povo. Patenses e estranhos conjugam o mesmo ideal – de ver crescente a cidade, em todas as atividades. E tudo vai caminhando vertiginosamente e cada dia é também uma auspiciosa aurora para o nosso evoluir. O nosso parque industrial assim nasceu e se renova e se aperfeiçoa. Confirma-o, não obstante a escassez de nossa força motriz, a instalação que o progressista e grande amigo nossa terra, sr. José Alonso dos Santos fará, em breve, de nova e possante máquina de arroz.

A “Avenida Brasil”, não muito longe da “Moinhos” e próximo à conhecida “Cerâmica”, no lugar que nos aponta a localização do nosso cérebro industrial, está sendo construído, numa área de 30 x 70, o primeiro prédio onde se adaptará a grande “Tonnani”.

Ali, a nossa reportagem teve oportunidade de ouvir o distinto progressista, o senhor José Alonso.

– A presente construção – disse-nos o homem em quem se estampam: o trabalhador incansável, o contribuinte sincero do nosso progresso, a ação em proveito de todos – deve chegar ao término dentro de sessenta dias. Nesse prazo ficará, assim, concluído o primeiro pavimento, que confortará, presentemente, a máquina e o depósito.

– Outros maquinismos, então, para o segundo, perguntamos?

– É meu pensamento – acentuou o senhor José Alonso ao lado da máquina de beneficiar arroz, agora de maior capacidade, mais aperfeiçoada – proceder a montagem de outra, mas para o café.

– Tudo em breve, não é?

E pilheriando, respondeu-nos: – É verdade. Tudo hoje é “blitzkrieg”… Mas a máquina para a preciosa rubiácea virá depois. Vamos vencer, primeiro, com a do arroz.

– Por que, indagamos?

– É que há dois anos afirmou-nos – vimos beneficiando arroz. Contudo, infelizmente, em muitos casos, o arroz beneficiado não correspondia ao “bruto”. As causas se evidenciaram. Além das sementes estragadas, de há muito usadas, o necessário “cuidado”, pró e depois do plantio, por muitos agricultores não visto, a par da época da colheita, que se fazia, atrasada ou adiantadamente.

A “blitzkrieg” do industrial José Alonso traz necessária energia – o combustível da vontade e da prática – necessária à sua vitória. Com ela Patos, que tão importante melhoramento vai receber brevemente, quando se erguer, para as instalações da grande máquina de arroz, o primeiro, elegante e sólido prédio à Avenida Brasil, fator forte também ao nosso desenvolvimento.

* Fonte: Texto publicado com o título “Um Empreendimento Que Muito Vem Servir à Nossa Prosperidade” na edição de 05 de setembro de 1941 do jornal Folha de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Youtube, meramente ilustrativa de uma máquina beneficiadora de arroz antiga.

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