Procurou-nos o Sr. José Camizassa, preposto dos Srs. Rache & Rezende, na construcção do Hospital Central, desta Cidade, e nos fez sentir que em nossa local de domingo passado¹, sob epigraphe acima, haviamos sido victimas de informes incompletos e infundados, tornando-nos, echo de apreciações pouco lisonjeiras sobre a administração daquelle proprio Estadoal.
Disse-nos aquelle Sr. que as obras, actualmente condemnadas pelos engenheiros fiscaes, são eguaes ás que foram , no inicio, acceitas, não passando de continuação de serviço, com o mesmo material e aliàs com o unico aqui existente, e nestas condicções sanccionadas pelo acto fiscal que não encontrou motivo para recusar a parte já construida quando os referidos constructores, deram ingresso, pelo contracto, na referida construção.
A exposição que nos fez o Sr. Camizassa, ponderada e franca, e documentada, mostra-nos, de facto, que, si grande parte, já construida, estava em condicções de ser acceita pelo governo, o resto, construido com o mesmo material e nas mesmas circunstancias não podia merecer a condemnação que lhe foi inflingida.
Cremos, pois, fazer um acto de inteira Justiça dizendo que, si nossa apreciação ao redor do consta que nos foi trazido, e que aliàs circulou pela cidade inteira, tem sempre o necessario cabimento, uma vez verificada a veracidade da causa que o motivou, − no caso vertente, não é ella procedente, pelo motivo exposto, e nós aqui o consignamos prazeirozos, baseados no que nos explicou nosso amigo Sr. Camizassa.
* 1: Leia “Hospital Central: Sucessor do Santo Antônio e Antecessor do Regional”.
* Fonte: Texto publicado com o título “Hospital Central − Uma Rectificação” na edição de 10 de maio de 1925 do Jornal de Patos, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
* Foto: Primeiro parágrafo do texto original.