Patos, 24 de julho de 1911.
Sr. Redactor do “O Commercio”.
Conforme foi publicado no “Minas” e reproduzido em vosso conceituado jornal, o Exmo. Sr. Dr. Secretario do Interior officiou ao Sr. Inspector technico desta circumscripção para syndicar sobre as irregularidades notadas nas escolas desta cidade.
Acredito que não se entende aquelle officio com a escola sob a minha humilde regência; por isso venho varrer minha testada, pedindo-vos a publicação do termo de visita do Sr. Inspector technico: −
TERMO DE VISITA
Nos dias 7, 9, 14, 26 e 27 d’este, em que visitei a escola do sexo masculino desta cidade, regida pelo professor Modesto de Mello Ribeiro, verifiquei a presença de 67, 60, 44, 69 e 65 alumnos, dos 110 matriculados.
Intelligentemente comprehendido o espirito do actual programma de ensino, que é praticado, á excepção dos exercicios militares por falta do respectivo instructor, em todas as suas partes, nenhuma assistencia tive a prestar ao professor que, não obstante a excessiva frequencia de sua escola, desempenha conscienciosamente a elevada e ardua missão do magisterio com notavel proveito, interessando-se igualmente pela educação dos seus discipulos.
Praz-me deixar aqui registrada a excellente impressão desta escola, confirmando a do meu antecessor nesta circumscripção e o honroso conceito em que é tido o titular da cadeira.
Patos, 27 de julho de 1911.
O inspector technico da 30.ª circumscripção.
Antonio Loureiro Gomes.
− Com esta publicação muito penhorareis o vosso admirador e am.º grato.
Modesto de Mello Ribeiro.
NOTA: Interessante esse comunicado do Professor Modesto datado de 24 de julho sobre uma inspeção técnica ocorrida em sua escola três dias depois. O mais provável é que o jornal trocou as datas, só pode!
* Fonte: Texto publicado sem título na edição de 30 de julho de 1911 do jornal O Commercio, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, via Altamir Fernandes.
* Foto: Do livro Domínio de Pecuários e Enxadachins, de Geraldo Fonseca.
