OLYMPIO BORGES COBRA DOS CORREIOS SUMIÇO DE CORRESPONDÊNCIAS

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A 13 de Novembro de 1910, o 2.º escrivão deste Termo remetteu ao Exm.º Dr. Secretario do Interior deste Estado, em carta registrada, na Agencia desta Cidade, sob n.º 387, o mappa de custas judiciarias devidas a diversos funccionarios deste Termo, em processos crimes julgados no 2.º trimestre do referido anno; no mesmo dia, o Sr. Luiz Antonio Borges, aqui residente, enviou aos Srs. C. Teixeira, em S. Paulo, a quantia de 15$000 rs, registrada sob n.º 390, e ainda n’aquella occasião, na mesma mala, seguiram mais oito registrados, não constando até hoje, na Agencia deste logar, que qualquer delles tenha chegado ao seu destino.

Quanto aos dois primeiros a que me refiro, os de ns. 387 e 390, sei que os remettentes, persuadidos de seu extravio, dirigiram, ha tempos, reclamações ao Sr. Sub-administrador dos correios em Uberaba, pedindo providencias sobre o caso; mas… não consta, até esta data, que estas fossem tomadas!

Devido ao desapparecimento do registrado n.º 387, estamos ameaçados, eu e demais funccionários deste Termo, de perder as custas que nos pertencem e constantes do mappa remettido á repartição competente.

Em virtude disto, venho respeitosamente pedir ao Sr. Sub-Administrador dos correios, em Uberaba, cujo zelo e energia reconheço, se digne agir no sentido de verificar o destino que tiveram os alludidos registrados.

Olympio Borges.

1.º Escrivão do Termo.

21−VII−911.

* Fonte: Texto publicado com o título “Com o correio” na edição de 23 de julho de 1911 do jornal O Commercio, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, via Altamir Fernandes.

* Foto: Do livro Domínio de Pecuários e Enxadachins, de Geraldo Fonseca.

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