O Ituí Cavalo (Apteronotus albifrons), também conhecido como Itoui Cavalo e Faca Negro, é um peixe de água doce, de coloração todo preto, exceto por dois anéis brancos na cauda, e uma mancha branca na cabeça, que pode se estender até as costas. Move-se principalmente ondulando uma longa nadadeira ventral. Possui hábitos noturnos e são dotados de uma leve corrente elétrica. Como são cegos (os olhos são cobertos por pele), utilizam um órgão elétrico e receptores distribuídos pelo corpo para localizar potenciais presas. Tendem a nadar “de pé”, com a cauda voltada para baixo e de maneira um tanto desordenada. Junto com o Peixe-Elefante eles são os peixes eletros sensíveis mais estudados. Embora seja um parente próximo do Poraquê (Electrophorus electricus), seu campo elétrico não representa perigo. Nativo da América do Sul, desde a Venezuela até o Paraguai, incluindo a Bacia do Paraná, Paraguai, Araguaia e Amazônica. Ocorre em águas rápidas de riachos com fundo arenoso. O tamanho médio é de 40 cm, com expectativa de vida de 8 anos.
Aquário com dimensões mínimas de 120 cm X 50 cm X 50 cm (300 litros), com substrato preferencialmente arenoso e áreas mal iluminadas servindo de refúgio ou tocas formadas para este propósito, uma vez que se trata de uma espécie de hábitos noturnos e passará a maior parte do dia escondido. Preferem águas bem oxigenadas (pH: 6.0; Dureza: 0-0; Temperatura entre 24 a 28ºC. São peixes que podem se tornar territorialistas quando adaptados no aquário e não hesitarão atacar outros peixes que invadirem seu território. Deve-se mantê-los com peixes de mesmo porte e não devem ser mantidos com peixes agressivos. Caçador noturno, se alimentará de qualquer peixe de menor porte e costuma ser bastante intolerante com outros da mesma espécie.
Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de pequenos crustáceos, vermes, insetos e pequenos peixes. Em cativeiro aceitarão somente alimentos vivos, mas podem ser treinados para comer alimentos secos e alternativos como camarões e filé de peixes. Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida. Dimorfismo sexual desconhecido, porém, especula-se que os olhos dos machos são mais próximos do topo da cabeça, enquanto os olhos das fêmeas próximos à parte frontal da cabeça. (questionável)
Comumente são vendidos ainda juvenis e muitos aquaristas não possuem noção do tamanho que a espécie pode chegar, assim como informações de como mantê-los. São peixes que exigem alguma experiência ao aquarista para poderem viver bem por anos.
* Fonte: Texto de Edson Rechi, em Aquarismopaulista.com.
* Foto: Maniadeaquario.blogspot.com.