LAGARTIXA

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A lagartixa-doméstica-tropical (Hemidactylus mabouia) é nativa da África, mas atualmente é encontrada em quase toda a América. É comum em ambientes urbanos. A dieta deste animal é variada, inclui animais como aranhas, escorpiões, insetos, em especial baratas e espécies Orthoptera, e até outras lagartixas. Em algumas regiões do Brasil, como Santa Catarina e o noroeste paulista, a lagartixa também é conhecida como crocodilinho de parede; no Espírito Santo e em boa parte de Minas Gerais é conhecida como taruíra. Já em alguns locais do Nordeste brasileiro, é chamada de víbora, embora este termo esteja ligado a serpentes e não a lagartos; no Piauí, esse pequeno animal é geralmente chamado de labigó ou briba; no Ceará e Paraíba como víbora ou ainda lapixa; no Rio Grande do Norte, lambioia e no Maranhão é conhecida como troíra ou calango, além de ser chamada de osga, como também é conhecida no Pará e no Amazonas. Também é conhecida em alguns lugares como camaleão. Mas o termo lagartixa, usado no centro-sul do Brasil, é o que prevalece na literatura, dada a influência destas regiões. Como animal de companhia, é um excelente réptil tanto para criadores iniciantes quanto para os mais experientes, uma vez que exige cuidados muito simples e é barato adquiri-la. Pequena e resistente, pode viver de cinco a dez anos

Providencie um viveiro tipo aquário com tampa de tela de 18 litros e paredes altas. Se quiser mais de uma lagartixa, aumente o volume do aquário em 18 litros por indivíduo. Por causa de seu temperamento agressivo, não deve haver mais de um macho no mesmo ambiente. A temperatura ambiente é o fator mais importante na vida de um réptil: se ele não tiver acesso ao calor, seu metabolismo ficará cada vez mais lento e ele adoecerá. Da mesma forma, ele pode adoecer ou morrer se o calor do ambiente for excessivo. Por isso é que você deve criar uma gradação de temperatura, colocando uma lâmpada aquecedora numa das extremidades. Isso permitirá a ele se expor ao calor durante o dia e se resfriar à noite, quando a lâmpada estiver desligada. A temperatura do lado quente deve ficar entre os 29ºC e 32ºC; a do lado frio e à noite, entre 25ºC e 27ºC.  Deixe a lâmpada ligada 12 horas durante dia e desligue-a à noite por outras 12 horas. Se for necessário controlar a temperatura do à noite, use uma lâmpada azul.

Ponha algum substrato no fundo do viveiro. O substrato é um material que conserva a umidade e a temperatura propícias para a lagartixa. Existem opções simples e que exigem pouca manutenção, como jornal ou papel-toalha, ou opções mais naturais e trabalhosas, como solo para jardinagem, húmus de cipreste e cascas ou folhas de árvore. A camada do substrato deve ter pelo menos 7,5 cm de profundidade, posto que a lagartixa gosta de alojar seus ovos num pequeno buraco na terra. Não use areia e cascalho como substrato, se ingeridos pelo animal podem ser prejudiciais. Troque o substrato de papel duas ou três vezes por semana. O substrato em partículas (húmus ou casca de árvore, por exemplo) deve ser limpo uma vez ao dia e substituído uma vez por mês. Adicione plantas e esconderijos. Plantas vivas ou artificiais são uma excelente oportunidade para seu réptil praticar a escalada. Além de aumentar a umidade, as plantas vivas recriam a aparência do habitat natural da lagartixa, fazendo do viveiro o ambiente ideal para ela. Por ter hábitos noturnos, ela precisa de um esconderijo em que possa se abrigar ou dormir durante a noite. Você pode fazer o esconderijo por conta própria a partir de um material como a cortiça, por exemplo, ou comprar um esconderijo pronto. Coloque pelo menos dois esconderijos dentro do viveiro: um no lado frio e um no lado quente. Assim ela poderá se resfriar ou se aquecer quando quiser.

Borrife o viveiro uma vez por dia para manter a taxa de umidade ideal. Originária de zonas tropicais, a lagartixa precisa viver num ambiente que tenha de 70% a 90% de umidade relativa. Para que o viveiro não saia dessa faixa, você pode borrifar seu interior uma ou duas vezes por dia. Use um borrifador limpo e água sem cloro. Mire o bico do borrifador na direção das paredes. Outra solução seria instalar um umidificador automático para viveiros de répteis, que asperge o viveiro diariamente. Ofereça água fresca todos os dias. Providencie uma tigela pequena e rasa, que deve ser colocada na parte fria, e preencha-a uma vez por dia com água fresca e sem cloro. Além de beber a água, a lagartixa também se banhará nela ocasionalmente. Algumas delas se hidratam com a água borrifada no viveiro e nem chegam a tocar na água da tigela. Dê apenas água sem cloro, mas nunca água destilada, que provoca deficiências de nutrientes e minerais.

A dieta ideal é rica em proteínas, constituída de grilos, bichos-da-farinha, larvas de mariposa, bichos-da-seda e baratas. Para garantir sua segurança, nunca ofereça insetos maiores que a largura da cabeça dela. Caso algum inseto rejeitado por ela sobreviva e comece a vagar pelo aquário, remova-o tão rápido quanto possível, pois ele poderá morder a pele e os olhos do réptil. Providencie um suplemento de cálcio e vitamina D, que deve ser espalhado na refeição duas a três vezes por semana. Peça instruções mais exatas ao seu Médico Veterinário de confiança, para que o animal não ingira uma quantidade excessiva de suplementos.

Manuseie-a apenas depois da maturidade. Lagartixa em fase de crescimento não gosta de ser apanhada ou tocada. Além do que, apanhá-la antes da maturidade pode fazer com que ela nunca se acostume ao viveiro. No entanto, há que se tomar muito cuidado mesmo depois disso, pois a lagartixa é um animal ágil, que, uma vez fora do viveiro, aproveitará qualquer oportunidade para fugir e se esconder. Evite também tocá-la na cauda − parte do corpo extremamente frágil neste réptil, da qual ele pode se desfazer quando se sente ameaçada, resultando em ferimentos sérios. Não a apanhe pela parte inferior do abdômen. Como essa região é muito vulnerável, ela ficaria assustada e saltaria de suas mãos. Em vez disso, pegue-a, firme, mas delicadamente, pela parte superior do tórax antes de tirá-la do viveiro. Depois, deixe a outra mão em formato de cuia e use-a para segurá-la. O ideal é manuseá-la apenas quando for necessário tirá-la do viveiro para fazer a limpeza. Lave as mãos antes e depois de tocá-la, uma vez que ela pode ser vulnerável às bactérias presentes na pele humana.

Deixe que a lagartixa faça a troca de pele por conta própria. Durante a muda de pele, que acontece uma vez a cada quatro ou seis semanas, o réptil ganha uma cor desbotada e a pele sobre seus olhos fica ligeiramente saltada. Por mais que o processo pareça desconfortável, jamais tente auxiliá-la a trocar de pele, pois isso pode ser doloroso e perigoso para ela. Se a umidade dentro do viveiro for apropriada, a pele velha cairá espontaneamente e, em alguns casos, será comida pela própria lagartixa. Durante esse processo, ela desenvolve uma nova camada de pele sob a antiga e libera uma secreção entre as duas. Com um viveiro muito seco, a secreção produzida pela lagartixa não seria suficiente para que a pele antiga se separe e caia. Se você notar que a pele antiga está demorando a cair, talvez seja necessário borrifar o interior do viveiro duas vezes ao dia para aumentar a umidade do ar. Ou você pode colocar uma fonte de umidade dentro do viveiro, por exemplo, um recipiente plástico cheio de musgo para terrário com uma abertura lateral que permita à lagartixa entrar e sair quando quiser. Na hipótese de a antiga pele ficar presa nos dedos, na cauda ou na cabeça do réptil, você pode ajudá-lo borrifando água e massageando levemente a pele velha até que ela se solte espontaneamente.

* Fonte: Wikipédia e Pt.wikihow.com.

* Foto: Osegredo.com.br.

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