OCICAT

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Acidentalmente criado em 1964, o Ocicat ganhou esse nome por parecer um pequeno Ocelot, felino semelhante à Jaguatirica. Originou-se de um cruzamento realizado por Virgina Daly, criadora de felinos americana, entre um macho Siamês com uma fêmea Siamês-Abissínia, dando origem a uma ninhada onde nasceu um macho chamado Tonga, que, conforme a filha de Daly apontou, lembrava uma Jaguatirica. Como Virgina Daly não tinha interesse em uma nova raça, Tonga foi castrado. Um geneticista com quem Daly se correspondia, no entanto, apresentou grande interesse por Tonga e em produzir uma nova raça, sugerindo que Daly cruzasse Tonga com sua mãe. Como isso não era possível, Daly repetiu o cruzamento anterior, obtendo um novo macho com as características desejadas, começando assim a criação do Ocicat. A raça foi reconhecida pela TICA e CFA em 1986, tendo seu padrão editado em 1988.  Atualmente o cruzamento entre Ocicat e Abissínio é proibido.

Selvagem apenas na aparência, o Ocicat adora humanos e a convivência com eles, sendo extremamente sociável mesmo com desconhecidos, buscando sempre interagir de alguma forma, seja brincando ou se enroscando no colo de alguém, e não aprecia ficar sozinho. Por vezes possessivo, talvez por seu sangue Siamês, tem seu brinquedo favorito e pode não gostar muito caso o tirem. Ainda assim, é amoroso e convive bem com outros animais da casa, desde que seja respeitado como a presença dominante. Cuidados são poucos, sendo um gato de fácil manutenção. Atualmente a raça é bastante popular em seu país de origem.

Com o temperamento fiel do Siamês, mostra-se menos vocal. Sua adaptação é fácil, por isso a mudança de estilo de vida não costuma incomodá-lo. É bastante inteligente, aprendendo comandos e truques com facilidade, aceitando até mesmo andar na coleira, sendo um pouco exigente quando não é devidamente treinado. Por ser atlético adora saltar de lugares bastante altos e brincar de caçar. Graças a sua natureza ativa, fica facilmente entediado se não tiver alguma atividade. Se quiser esconder algo, é melhor arranjar algum lugar que possa ser trancado, caso contrário ele vai arranjar um jeito de conseguir o que quer.

De porte grande, constituição forte, musculosa, corpo comprido; cabeça com leve formato triangular, contornos arredondados, sendo a largura igual ao comprimento; focinho quadrado e bem delineado; orelhas inseridas no canto da cabeça, de tamanho mais para grande e em posição de alerta; olhos grandes, amendoados, inseridos bem afastados, cor uniforme e intensa, sem qualquer relação com a pelagem curta, fina, lisa, com reflexos brilhantes; pelos malhados apresentando várias tonalidades, com exceção daqueles na extremidade da cauda. As cores aceitas são: castanho, chocolate, lilás, prateado, azul, canela e camurça, sempre com coloração nítida e agradável.  Os tons mais claros devem se localizar na região da face, apresentando máscara – linhas mais escuras na região dos olhos e bochechas – enquanto as marcas são mais escuras. A cauda é longa com a ponta em coloração escura, moderadamente fina, afilando em direção à ponta.

De fácil manutenção, exige apenas escovação regular, geralmente uma vez por semana, para remover pelos mortos e manter o aspecto brilhante da pelagem. No banho, é recomendado um shampoo apropriado para o tom da pelagem, mantendo a coloração vivida. É uma raça bastante saudável, no entanto apresenta tendência a ter gengivite. Para evitar esse problema, basta escovar seus dentes frequentemente com produto adequado.

* Fonte: Texto de Ricardo Tubaldini, Médico Veterinário (CRMV-SP 23.348), formado pela Universidade Paulista, Cirurgião Geral e Ortopedista no Hospital Veterinário Cães e Gatos 24 horas há 6 anos. Dr. Tubaldini é o Diretor de Conteúdo do portal CachorroGato e gestor da equipe de veterinários responsáveis pela ferramenta.

* Foto: Petguide.com.

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