SONHO DE HUASCAR CORRÊA DA COSTA, O

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A imprensa patense de antigamente era pródiga nas publicações de pequenos jornais. Muitos deles de vida efêmera. Outros duravam alguns anos, mas todos lutavam contra as dificuldades costumeiras¹. Um deles foi A TESOURA, cujo diretor era José Caixeta Frazão, durante muitos anos atuante no Setor Administrativo da Prefeitura Municipal². Não sei se foi ele que realizou uma entrevista com Huascar Corrêa da Costa, publicada na edição n.º 3 de 11 de março de 1934, pois o texto é assinado Dox. E o Dox escreveu: “O Deputado Huascar Corrêa da Costa, concedeu-nos ontem uma grande entrevista. Entre as coisas de maior vulto, narrou-nos um pesadêlo de que fôra vítima. Eis as palavras do ilustre entrevistado”:

Sonhei que havia morrido e minha alma vagava, sem destino, no espaço. Cansado, resolvi dirigir-me para o céu, onde me abrigasse. Não me lembro como era. Bati repetidas vêzes à porta, não sendo porém, atendido. Pareceu-me que aquela moradia já não era habitada. Quiz então ingressar-me no inferno. Ai também bati, toquei a campainha e depois de muito esperar apareceram dois capetinhas muito engraçadinhos.  Perguntei-lhes qual o motivo da demora em me atender ao que responderam: “Estamos sós aqui; eu estou vigiando o traidor Calabar, e o meu companheiro o Judas Iscariotes. Quanto aos outros capetas e condenados, assim como os habitantes do céu, continuou o capetinha, estão garimpando no Rio São Bento, no Município de Patos. Diante disso resolvi também ir para o garimpo e quando por lá ia, acordei…

* 1: Leia “Histórico da Imprensa até 1970”.

* 2: Leia “José Caixeta Frazão”.

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Fonte: Texto publicado com o título “Antigamente…” na edição de 09 de fevereiro de 1969 do Jornal dos Municípios, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Megacurioso.com.br, meramente ilustrativa.

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