As obras da chácara do Major Jerônimo terminaram em 1881. Na verdade não demorara muito para se erguer o casarão colonial feito de madeira e tijolos de adobe, com a senzala nos fundos. Neste espaço, Jerônimo e sua esposa Etelvina (sua sobrinha, filha do irmão Antônio Dias Maciel, conhecida por Nhá) criaram os treze filhos. Jerônimo faleceu em 1906 e Nhá em 1926. Desde então os herdeiros foram vendendo as partes que lhes couberam no inventário. Aos poucos, da chácara restou apenas o casarão. O último morador foi o filho Ataliba, falecido em 1986. Em uma manhã de sábado, 19 de fevereiro de 2005, sem aviso, na calada e em surdina, as antigas estruturas da casa do Major Jerônimo Dias Maciel foram jogadas no chão¹. O lote foi vendido a um empresário de supermercado que começou a erguer as estruturas metálicas, mas a obra foi embargada porque o projeto original aprovado não seguiu as normativas técnicas. Enquanto o caso segue na justiça, temos a saudade histórica do ontem e a tradicional poluição visual do hoje.
* 1: Leia “Casa de Jerônimo Dias Maciel”.
* Texto e foto 2 (15/08/2017): Eitel Teixeira Dannemann.
* Foto 1: De Lázaro Machado, publicada em 04/08/2017 com o título “Casa de Jerônimo Dias Maciel na Década de 1990”.