POIS É, IRMÃO!

Postado por e arquivado em CANTINHO LITERÁRIO DO EITEL.

Ei, você aí que está neste exato momento com os olhos grudados nestas palavras, sabia que somos irmãos? Não sabia? Pois é, meu prezado ou minha prezada, somos irmãos, apesar do desconhecimento mútuo. Raciocine comigo. Se somos irmãos, por que nunca nos encontramos antes? Eu estou aqui, e você está aonde? É dura esta realidade. A vida da gente é uma loucura. Primeiramente, vivemos num planeta que nos oferece condições de uma caminhada até certo ponto serena. Mas isso não acontece. Logo de manhã, quando abrimos os olhos após uma noite tranqüila ou não, nos lembramos de nossos afazeres, das nossas obrigações, de nossa tralha de sobrevivência. Eu faço isso por aqui e você faz isso por aí. Pronto, o dia começou e nem eu me lembrei que sou seu irmão e nem você se lembrou que é meu irmão. Dito e feito. Dane-se o resto. O que importa sou eu. O que importa é você. Nada legal, né?

Dizem os cientistas que o Planeta Terra surgiu de um jeito, mas os religiosos dizem que foi de outro. Tanto faz. Assim ou assado, ó nós presentes nele, vivenciando cada segundo, pois cada segundo que se vai… nunca mais. Ah, tem gente que diz que depois que alguém vai, não retorna mais. Mas outros dizem que voltamos, sim. E aí? Sei lá! Pois é, meu irmão, uns dizem que carne de porco faz mal, outros dizem que não. Uns dizem que não podemos comer mais de dois ovos por semana, enquanto outros garantem que podemos comer quantos quisermos, incluindo a galinha que os produziu. Pode uma coisa dessas?

Prestou atenção naqueles atentados que mataram um mundaréu de gente? Eis aí um fato crucial: irmão matando irmão! Talvez você não concorde comigo, mas atente para o fato de que nos primórdios do mundo, de acordo com alguns, um irmão matou o outro simplesmente por inveja. É duro ouvir isso, mas está lá escrito, doa a quem doer. Mas espero que não doa nem em mim nem em você, pois mesmo não lhe conhecendo, jamais passará pela minha cabeça uma asneira dessa aí consigo. Muito pelo contrário, eu lhe quero é muito bem e lá vai fumaça benta. Fumaça benta? Existe isso? Não importa. O que importa é que não tenho a mínima idéia de quem e de como você é, mas o considero meu irmão, “irmão de Planeta Terra”, irmão de Natureza Terra. Enfim, nós dois nascemos aqui e por isso, só por isso, podemos ser considerados irmãos. Concorda comigo?

Fico feliz por você concordar que somos irmãos de Planeta Terra. Daqui o sentimento é idêntico. E fico ainda mais feliz por saber que seu coração está dominado por um desejo intenso de conhecer a este irmão aqui. Já pensou, irmão, o que podemos fazer juntos? Pense, pense daí. Imagine nós dois de braços dados em busca dos demais bilhões de irmãos do nosso Planeta Terra. Não vou nem viajar na maionese, mas imagine um contingente grande de irmãos nos dando as mãos. Os que refugarem vão ficar desconfiados dessa união. Daí, nossos passos retos nos levarão a mais e mais irmãos. E mais e mais irmãos. De repente, seria preciso uma nave espacial pairando sobre nosso Planeta para registrar todos os bilhões de pessoas irmanados num só objetivo: PAZ! Pois é, irmão, já imaginou?

Sem podermos nos encontrar e nos darmos as mãos neste momento, eu daqui me conecto mentalmente consigo, e você daí completa a ligação. Unidos, pensamentos positivos, vamos direcionar nossas energias para todos os bilhões de irmãos do Planeta Terra e desejar serenidade, simplesmente. Olha aí, irmão, já imaginou se todos fossem alcançados pela serenidade? Para encerrar, declaro que neste momento meu maior desejo é conhecê-lo, abraçá-lo, sentir que a carne que molda seu corpo é a mesma que molda o meu. Quer dizer, podemos ter cores diferentes, olhos diferentes, espinhas diferentes e até torcermos por times diferentes. Mas na essência, na origem, nisso somos e seremos eternamente iguais: “somos irmãos de Planeta Terra”. Por isso, meu irmão, quem sabe se um dia nos encontraremos. Enquanto isso, seja feliz, sereno, e contribua sempre para espalhar a paz. Conte comigo daqui!

Obs: Irmão, jamais se esqueça de dizer um bom dia, uma boa tarde ou uma boa noite para aquele seu vizinho carrancudo que nem torcedor fanático de time de futebol que levou uma goleada. Fui!

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Antropologiadoconsumo.blogspot.com, meramente ilustrativa.

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