ORIGEM DA FAMÍLIA CAIXETA

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CAIXETAOs Caixeta viveram em núcleos em determinados lugares das províncias de Minas, Goiás e São Paulo. No dizer de Augusto de Lima Júnior tomaram tal nome em virtude de serem comerciantes que conduziam suas mercadorias em caixas feitas de uma madeira leve, madeira esta comum em Minas Gerais.

De acordo com processos de inventários pesquisados no Fórum de Patos de Minas, os Caixeta estão em nossa região desde meados do século 18, provenientes de Bagagem (hoje Estrela do Sul) e Formoso de Goiás. Essa região onde eles se instalaram é a que compreende hoje os municípios de Paracatu, Araxá, Coromandel, Patrocínio, Guimarânia, Vazante e Patos de Minas, todos pertencentes, à época, à Vila de Paracatu do Príncipe.

Dessa forma, desde os primórdios de nossa história a presença e a atuação serena, porém firme dos Caixeta, seja na política, na economia, na vida social, está registrada nos documentos históricos e na memória de seus filhos, atestando sua importância na formação do povo e na construção da cidade de Patos de Minas.

No decorrer do levantamento genealógico, os pesquisadores do Arquivo do Centro Histórico Cultural encontraram no Fórum Olympio Borges o elo de todos os Caixeta: o inventário de Afonso Ignácio Pereira Caixeta, datado de 12 de maio de 1817. Residia na Fazenda Cabeceira do Rio Espírito Santo, onde é hoje o Distrito de Santana de Patos e era casado com Maria Antônia de Oliveira e tiveram cinco filhos que constituíram os troncos estudados na pesquisa.

Apesar de serem quase sempre muito abastados, a grande maioria vivia sem muito alarde, preocupando-se apenas em trabalhar e “casar bem” seus filhos com gente de bem, o que aconteceu muitas vezes entre eles mesmos, razão pela qual vários descendentes figuram em dois ou mais “troncos” familiares. Tiveram muitos casamentos consangüíneos, mas também entrelaçaram-se com praticamente todas as famílias tradicionais de Patos.

Em todas as descendências existe grande número de nomes em duplicata, sendo comum, também, adotarem, como sobrenome, nomes dos santos do dia em que nasceram, ou daquele santo a quem se foi consagrado. Uma prática muito comum era levar um santo para batizar (ser padrinho) os filhos.

Segundo Vicente de Paula Caixeta, as propriedades rurais da família, hoje, estão concentradas desde Santana até o Pilar, nesta região, indo até Pântano, em fazendas nas localidades de Paraíso, Retiro, Contendas, Serra Negra, Pontizinha, Capoeirinhas, Borges, Caixetas, Alagoas, Barreiro, Brejo Comprido, Mata da Gueiroba, Curraleiro.

Há registrado um comentário do Dr. Joseph Borges de Queiroz a Dona Zenóbia Borges: “Nós temos uma família extraordinária. Gente muito boa! Caixeta, Queiroz e Borges, Nenhuma fortuna fabulosa, nenhum gênio, mas todos vivendo e trabalhando honestamente”.

No Fórum Olympio Borges há o elo de todos os Caixeta: o inventário de AFONSO IGNÁCIO PEREIRA CAIXETA, datado de 12 de maio de 1817, constando no processo: Arraial de San Domingos de Araxá – Vila do Paracatu do Príncipe – Província de Minas Gerais. Residia na Fazenda Cabeceira do Rio Espírito Santo, onde é hoje o Distrito de Santana de Patos; era casado com Maria Antônia de Oliveira e tiveram cinco filhos, que constituíram os troncos iniciais dos Caixeta em Patos de Minas.

São os seguintes os filhos e respectivos cônjuges de Afonso Ignácio e Maria Antônia: Quintiliano Pereira Caixeta (Francisca Florentina de Jesus), Ignácio Pereira Caixeta (Silvéria Cândida da Silva), João Pereira Caixeta (Mariana da Cunha Ferreira), José Pereira Caixeta (Silvéria Maria da Cunha) e Maria Caixeta (Januário Gonçalves Pinheiro).

Os Caixeta, no início “Pereira Caixeta”, se infiltraram em praticamente todas as outras famílias da cidade e região, transformando milhares de seus habitantes numa grande família, descendentes diretos de Afonso Ignácio Pereira Caixeta e Maria Antônia de Oliveira. Uma história que se funde com a própria história do povo patense.

* Fonte: Projeto Famílias Tradicionais Patenses, Etapa 96: Caixeta e Santana, do Centro Histórico Cultural, Arquivo de Documentos e Fotografias. Pesquisa coordenada por Neide Aparecida Vieira.

* Foto: Heraldrysinstitute.com.

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