Muitas vezes o crescimento desorganizado de uma cidade, não combatido em seus primórdios pelas autoridades competentes, gera uma série de desacertos à planta urbana da mesma que contraria os artigos do Código de Posturas. Numa determinada região afastada do centro da urbe os moradores constroem suas casas ao bel prazer de suas vontades. A partir do momento em que o “progresso” chega a estas regiões, isto é, a Cidade avança para a periferia, já é tarde demais para correções, pelo fator “custo orçamentário”. Fato então é o exemplo da foto, pouco após o início da Rua Getúlio Borges, que neste trecho delimita os bairros Aurélio Caixeta (à direita) e Vila Garcia (à esquerda). A rua foi asfaltada, mesmo ela não tendo calçadas em vários locais, ou quando muito, estreitíssimas, não importando a “Lei”. Assim é, e assim ficará! A propósito, Getúlio Borges nasceu em Patos de Minas em 16 de julho de 1873. Foi proprietário de açougue e mercado em 1928. Trabalhou no beneficiamento de algodão com Farnese Dias Maciel, em São Pedro da Ponte Firme. Escrivão do crime aqui e em Carmo do Paranaíba, cidade onde se aposentou. Também foi escrivão do registro civil em Santana de Patos. Possuiu diversas propriedades, uma delas a atual Vila Garcia. Mudou-se para Monte Carmelo nos idos de 1943, onde faleceu, aos 87 anos, no dia 04 de fevereiro de 1961.
* Texto e foto (09/07/2015): Eitei Teixeira Dannemann.
* Fonte sobre Getúlio Borges: Logradouros Públicos de Patos de Minas, de Júlio César Resende.
