No final da década de 1950, lá para as baixadas da Lagoa Grande, Ilídio Caixeta de Melo, de um lado, e Mário Garcia Roza, do outro, iniciaram um processo de loteamento daquela erma região. As casas, na maioria simples, foram surgindo nas ruas de lama ou pó, de acordo com a estação. Luz elétrica havia, mas não água encanada e rede de esgoto. O negócio era na base da cisterna e da fossa séptica. Como questão de estilo, a caixa d’água era construída em alvenaria sob a cisterna com “dois andares”: embaixo, uma espécie de depósito; em cima, a caixa propriamente dita. Uma bomba elétrica retirava a água da cisterna e abastecia a caixa. Este “estilo” vingou por toda a cidade. Com a evolução dos tempos, surgiram as caixas produzidas industrialmente. Assim, no lugar das construções antigas, as substitutas surgiam com as caixas prontas sobre o telhado ou laje recebendo água tratada de concessionária. Esta casa, na esquina da Rua Iguaçu com Vereador João Pacheco, já não apresenta mais as características originais, mas a caixa d’água ficou como lembrança de como era feito o abastecimento de água aos moradores daquela época.
* Texto e foto (03/04/2015): Eitel Teixeira Dannemann.