Em 1916, a Officina Paracatuense, de Antonio de Padua, tinha uma “surraria” (curtume) que preparava “sola” (couro grosso curtido) de anta e de gado para a confecção de diversos produtos como canastras (caixas ou maletas revestidas de couro na qual se guardam roupas e pequenos objetos), cangalhas, chicotes e outros. Como naqueles longínquos tempos a caça de animais silvestres era tão comum como matar uma galinha para o almoço, daí a presença da anta como fornecedora de pele, assim como de mateiro (espécie de veado), capivara, lontra colorida, onça e ariranha, espécies que abundavam nas matas do Cerrado bravio.
Antonio de Padua nasceu em Paracatu (02/05/1879). Mudou-se para Patos de Minas para montar o seu negócio. Foi um católico fervoroso, durante longo tempo o braço direito de Monsenhor Fleury no dia a dia paroquial. Faleceu aos 76 anos em 07 de agosto de 1955. Através da Lei. n.º 1.683, de 14 de setembro de 1979, foi homenageado com nome de rua no Bairro Jardim América.
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Fonte: Edição de 02 de julho de 1916 do jornal Cidade de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.