QUANDO A AV. GETÚLIO VARGAS ERA ESTACIONAMENTO DE CARRETAS E CAMINHÕES − 2

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TEXTO: DIRCEU DEOCLECIANO PACHECO (1985)

Dentre as inúmeras realizações da dinâmica Administração Municipal, exatamente pela evidência da visão, vem se destacando de maneira marcante a nova, moderna e funcional sinalização que está sendo implantada, para funcionar ainda, antes da próxima Festa do Milho. São vários semáforos dentro dos mais modernos padrões, vasta sinalização horizontal através de faixas e indicações de direção, pintadas nas pistas de rolamento e centenas de placas de orientação, que dentro de poucos dias, haverão de por si só, orientar motoristas e pedestres, indicando direções, preferências e tudo o que se pode, ou que seja proibido fazer.

Venho com grande interesse, acompanhando aquele trabalho, tendo inclusive, por deferência especial do Prefeito, participando de algumas reuniões onde se tratou do assunto, feito parte de comissão relativa ao mesmo e recebido dele pessoalmente, algumas informações.

Nesse acompanhamento, tenho voltado a atenção especialmente para um aspecto que me preocupa e que já foi tema de artigo anterior, na expectativa de que ele possa ser resolvido nesta etapa¹.

Poucas são as cidades que têm o privilégio de possuir uma avenida tão ampla e tão bela como a nossa Getúlio Vargas, que no entanto, com o grande desenvolvimento da cidade, vem a cada dia, sendo mais prejudicada pelo estacionamento constante e prolongado de caminhões e carretas e não raras vezes, tratores, implementos agrícolas e até, de vez em quando, enormes colheitadeiras… Foi exatamente este o tema daquele editorial, procurando despertar as autoridades competentes em relação ao que vem ocorrendo, a ponto de transformar a bela Avenida em verdadeira garagem gratuita!

No penúltimo final de semana, que se prolongou com o feriado da segunda-feira, ocasionado pelo infausto falecimento do Presidente Tancredo Neves, na pista da direita da Avenida, para quem sobe do PTC para o centro, no trajeto compreendido entre a Avenida Paranaíba e a Rua Marechal Floriano, “descansavam tranquilamente” durante aquele período, três caminhões e duas carretas.

Em conversa mantida com o Prefeito, dias depois daquele editorial, ponderamos que o estacionamento de tais veículos na Getúlio Vargas, deveria ser terminantemente proibido com a implantação do novo sistema de trânsito e que se deveria inclusive encarar a possibilidade de se proibir o seu tráfego por aquela via, o que se justifica facilmente pelo fato de ser o setor exclusivamente residencial, onde destoam apenas uma firma revendedora de tratores e máquinas agrícolas, que deve ser transitória pela própria expansão da empresa que haverá de necessitar de mais espaço, e um posto de gasolina, triste e desastroso marco de uma das administrações passadas, que autorizando a remodelação do prédio, permitiu a sua preservação.

Assim, não existe nenhum motivo, que não esporádico, para o tráfego de caminhões, carretas e similares, pela principal avenida da cidade e se ainda não se planejou isto, suponho ter chegado a hora de resolver de vez o velho e sério problema.

* Leia “Quando a Av. Getúlio Vargas era Estacionamento de Carretas e Caminhões − 1”.
* Fonte: Texto publicado com o título “Hora de Corrigir” no Editorial do n.º 114 de 30/04/1985 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Galeria.colorir.com, meramente ilustrativa.

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