Show de abertura do Projeto “Prata da Casa”, que valoriza o artista patense e da região do Alto Paranaíba. É a FUCAP − Fundação Cultural do Alto Paranaíba, acreditando que “santo de casa também faz milagres”! Próximo Show, no início de setembro: “QUALQUER RUÍDO”, com o músico Dalla¹.
Há alguns anos, apresentavam-se em todos os sábados, na Rádio Clube, valores novos. Era no auditório, em circuito semi-fechado. O nome do programa dizia tudo.
E, sempre, Waguinho² ali estava. Principalmente acompanhando valores, em meio a uma “gang” muito grande, porque Patos de Minas foi sempre um bom celeiro de valores musicais.
Talvez o próprio Waguinho não soubesse de tudo o quanto possuía, de quanto era capaz. E precisou de muitas andanças. E precisou que viesse a Patos na Banda Samantha para ser descoberto.
Então tudo o que ele faz, eu já conhecia há muitos anos.
Hoje, no entanto, Patos de Minas o descobriu, e é lançado como mais um no projeto da FUCAP “Prata da Casa”.
SEU SHOW
Simples, descontraído. Ponto alto: quando o vocal entrava. Sozinho, Wagner Pereira me lembrou o crooner de alguns anos atrás. Sabe cantar, não desafina e sua voz não cansa a quem ouve.
O cenário no velho auditório da Rádio Clube ficou apropriado para a iluminação programada. O som estava excelente.
O que me surpreendeu: a fidelidade do compositor Wagner Pereira em seguir uma mesma linha nas músicas que ele assina. Uma música tipo “nordestina-modernizada”.
No esquema do Projeto o show cumpriu seu papel.
Fosse uma apresentação mais comercial, Waguinho teria que agredir mais, com mais garra e soltar o talento que tem completamente. Seu estilo é de fazer a plateia cantar com ele…
* 1: Leia “Dalla e Seu Qualquer Ruído”.
* 2: Leia “Wagner José Pereira (Waguinho) Até 1983” e “Wagner José Pereira (Waguinho) em 1984”.
* Fonte e foto: Texto de Edson Geraldo Gomes publicado com o título “Wagner Pereira (Waguinho)” na edição n.º 74 de 15/08/1983 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.