Na década de 1950 iniciou-se uma ocupação desorganizada numa baixada do Rio Paranaíba. Surgiu a pobre Vila Operária, que sofreu com várias enchentes¹. Como o poder público fechou os olhos para o problema, a ocupação desorganizada foi crescendo com o tempo e acabou por se transformar num bairro de parcos recursos. Aí então o poder público resolveu santificar a Vila Operária: em 02 de fevereiro de 1994, através da Lei n.º 3.637, mudaram o nome para São José Operário. Nesse tempo, a ocupação desorganizada que ocasionou o surgimento de becos e ruelas com pobres edificações preocupou o poder público. Óbvio, isso não poderia ficar assim. Então o poder público encontrou uma solução: para não ficar exposta uma grande área de pobreza, dividiram-na em duas. Em 09 de julho de 1997, através da Lei n.º 4.461, partiu-se o bairro ao meio, e numa metade, limitada pela Rua Brito Moreira, foi demarcado o perímetro e os logradouros do Bairro São José Operário. E a outra metade? Foi resolvido um mês depois, em 12 de agosto, quando através da Lei n.º 4.484 criaram o Bairro Brasília, com seu perímetro e logradouros. Bacaninha, né? Aqui, o final da Rua Guilherme Vilela² na Rua D, no pobre Bairro Brasília. Essa Rua D vai dar lá na sua colega Jesus de Nazaré, no Bairro Nossa Senhora Aparecida, uma continuidade da problemática estrutural-social.
* 1: Leia “”Mutirão da Solidariedade de 1984” e “Mutirão em Prol dos Desabrigados da Chuva − 1984”.
* 2: Guilherme José Vilela era português. Foi um dos fundadores da Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil. Nasceu em 1876 e faleceu em 20/02/1948. Leia “Posse da 1.º Diretoria da Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil” e “Comemorações de 1.º de Maio de 1942”. A propósito, não há Lei denominando essa rua.
* Texto e foto (13/06/2021): Eitel Teixeira Dannemann.