Uma das maiores decepções do patense foi a não vinda da Estrada de Ferro. A coisa é antiga, começou em 1891, foi um movimento tremendo pela sua vinda, mas… ela não veio, morrendo o assunto na segunda metade da década de 1910, causando uma baita decepção aos munícipes¹. No final da década de 1940, eis que o assunto voltou à tona e tudo parecia crer que, enfim, teríamos a tão sonhada Estrada de Ferro. Tanto, que através do Decreto-Lei 27.696, de 17 de janeiro de 1950, foram aprovados o projeto e o orçamento da construção do segundo trecho de construção ligando Catiara a Patos. A certeza era tanta que existia até a planta da futura estação férrea da Cidade, que se localizaria nas imediações da Avenida Paranaíba e Ruas Cônego Getúlio e Prefeito Camundinho. E essa certeza induziu um cidadão a publicar esse anúncio. Infelizmente, novamente, a Estrada de Ferro não veio, restando como pérfida lembrança apenas algumas ruínas².
* 1: Leia “A Questão da Estrada de ferro”, “Reivindicando a Estrada de Ferro Goyaz”, “Sobre o Trajeto da Estrada de Ferro Goyaz”, “Visita dos Engenheiros da Estrada de Ferra Goyaz”, “Sonhando com a Estrada de Ferro Goyaz”, “Carta do Dr. Euphrasio José Rodrigues Para Olegário Dias Maciel Sobre a Estrada de Ferro”, “Sobre a Estrada de Ferro e a Violência” e “A Estrada de Ferro Goyaz Não Vem Mais − Reações”.
* 2: Leia “A Estrada de Ferro” e “A Estrada de Ferro Está Chegando”.
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Foto: Anúncio publicado na edição de 10 de setembro de 1950 do jornal O Patense, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.