Em meados da década de 1980, surgiu a Lavanderia Comunitária da Lagoinha, no n.º 6 da Rua São José, com a finalidade de gerar emprego e renda para mulheres carentes. No início, o Estado ofereceu a estrutura e os equipamentos e a Prefeitura assumiu o pagamento da água e da luz. Em março do ano passado, em meio aos cortes de despesas, a Secretaria de Administração decidiu que não iria mais custear os gastos das lavanderias e deu um prazo para que elas criassem uma associação. Elas tentaram criar a associação para manter o negócio, mas descobriram que já havia uma associação criada no passado e não tiveram apoio para resolver a questão burocrática. No final do ano passado o imbróglio se complicou quando a Prefeitura não pagou duas contas de água, sendo uma no valor de R$ 4.836,69 e outra no valor de R$ 5.464,01. As atuais 10 lavadoras estavam juntando dinheiro para quitar as contas, mas de repente, para piorar a situação, a energia foi cortada de surpresa. Elas procuraram contadores e até advogados para tentar sustentar a lavanderia, mas não conseguiram. Como consequência, em 31 de janeiro passado, as lavadeiras juntaram as coisas e saíram. Assim, foi-se a Lavanderia Comunitária da Lagoinha. Enquanto isso, totalmente abandonado, o imóvel vai aos poucos sendo destruído por vândalos.
* Texto e foto (22/12/2019): Eitel Teixeira Dannemann.
