Antigamente a Avenida Tomaz de Aquilo era o início da jornada rumo a Presidente Olegário. Por aquele caminho rancheiro inúmeros carros de bois rangeram garbosamente suas rodas. Depois vieram as rodas de borracha, os motores a combustão e outros sons nada garbosos. O progresso foi, lentamente e inexoravelmente, transformando a via em logradouro público, hoje contornando os Bairros Rosário, Caiçaras, Nossa Senhora das Graças, Alto dos Caiçaras, Caramuru, Alvorada, Jardim Itamarati, Nossa Senhora de Fátima e Residencial Barreiro. Com a chegada da BR-354 a velha e aguerrida via se transformou em estrada vicinal. Por lá, pouco depois da Cidade, Trinta Paus era somente Trinta Paus, nada mais que Trinta Paus. Célio Borges de Amorim nos informa: Lá era uma fazenda do Afonso Borges, dividindo com a Fazenda Limoeiro do Dr. João Borges. Posteriormente foi vendida para o sogro do Binga, Abner Afonso de Castro, e hoje pertence à família do Binga. Quanto ao nome é que nos áureos tempos havia uma matinha com trinta árvores e por isso o local ficou conhecido como Trinta Paus. César Baeta conta que existia uma mata de Angico e que desta mata foram retirados trinta paus para fazer uma das pontes num local que costumava inundar na época das chuvas, impedindo o trânsito na estrada. Independente de como surgiu o nome do lugar, a antiga estrada hoje é apenas uma continuidade do Bairro Residencial Barreiro, com início, por enquanto, na Rua Edison Nunes de Paula. Aí chegou o ano de 2010 e começou o imbróglio da instalação da UFU-Universidade Federal de Uberlândia nos Trinta Paus, imbróglio este que o patense vem acompanhando de perto sem saber ainda como vai ser o final. E assim os Trinta Paus se tornaram conhecidos, pelo menos no nome.
* Texto e foto (15/11/2016): Eitel Teixeira Dannemann.