TEXTO: EITEL TEIXEIRA DANNEMANN (2016)
Artigos sobre violência e selvageria de alunos contra professores em escolas abundam diariamente pela mídia. Concomitantemente, quanto mais violento o ambiente de um estabelecimento de ensino menos rendimento demonstra os alunos. Cada caso é apenas mais um caso registrado pelos órgãos de comunicação sobre a inversão de valores na educação que vem acontecendo perigosamente já há muitos anos. Mais um, apenas, pois estes imbróglios fazem parte da rotina escolar no país do pau brasil. Se somarmos estes aos não registrados, fica caracterizada uma pandemia contra a autoridade do professor, autoridade esta que no passado distante era inquestionavelmente apoiada pelos pais, tanto que o símbolo maior daquela época atendia pelo nome de palmatória.
A situação vai muito além do simplesmente agredir os mestres, pois os alunos também usam outro tipo de violência, a depredação do patrimônio escolar: eles quebram pias e vasos sanitários dos banheiros, quebram os ventiladores, portas, vidros, enfim, tudo que é possível destruir, eles destroem. Nos idos tempos não se riscava, não murchava ou cortava o pneu do carro do professor. Há questão de não muitos anos, não se levava revolver e faca e não se consumia drogas e álcool no interior das escolas; não se ouvia falar que um colega tinha assassinado um amiguinho na sala de aula ou que alguém tinha jogado álcool no colega e ateado fogo. Infelizmente são tantas aberrações que o melhor é parar por aqui.
O que está acontecendo nas escolas para tamanha violência? Alguns entendidos no assunto afirmam categoricamente que a violência nas escolas começou a se intensificar a partir do ECA-Estatuto da Criança e do Adolescente, quando os direitos dos menores foram priorizados em detrimento dos deveres. Com isso, apesar das mediações, não há punições. Tanto é que a diretora de uma escola pública patense reclamou: Se a gente admoestar algum deles corremos o risco de ser agredidas e, pior, o pai ou a mãe costuma vir aqui para defender o filho e também nos ameaçar. Infelizmente, a lei está do lado deles. Portanto, se quiserem quebrar a escola, que quebrem; se quiserem jogar comida fora, que joguem…
Felizmente, há um oásis no meio dessa baderna: Colégio Tiradentes. Administrado pela Polícia Militar, o sistema é rígido e as regras devem e são seguidas. Lá, com a presença material e espiritual da Polícia Militar, aluno não agride professor e muito menos depreda a escola, e muito menos ainda pais ameaçam professor. E num estabelecimento de ensino onde os códigos de posturas devem ser seguidos à risca, não é à toa que o rendimento dos alunos é rotineiramente superior aos semelhantes de outras escolas que não comungam com as mesmas normas. Prova cabal desta realidade está no resultado do ENEM-Exame Nacional do Ensino Médio de 2015. No Estado de Minas Gerais, dos dez primeiros colocados entre as escolas públicas, com exceção das federais, oito são Colégios Tiradentes. E a unidade de Patos de Minas ficou em 5.º lugar. É mais do que evidente que não é uma mera coincidência: Colégio Tiradentes não é lugar de “mala”!
* Foto 1: Institucional Colégio Tiradentes de Patos de Minas.
* Foto 2: Lista publicada na edição de 05 de outubro de 2016 do jornal O Tempo.