Eles passam despercebidos pela maioria das pessoas que transitam diariamente pelas ruas, mas basta um olhar mais atento para se deparar, com surpresa, com exemplares antigos de postes de madeira equilibrando um emaranhado de fios. Alguns dão a impressão de que não vão suportar o peso dos fios e dos anos, mas resistem. São aroeiras, como diz uma gíria que faz referência à força. E são mesmo. Aroeira pura, cuja vida útil pode chegar a 100 anos. Na rua que limita os bairros Abner Afonso e Bela Vista há um exemplo de poste de aroeira que atesta sua durabilidade já se vão 47 anos. Ele está lá porque ainda está “firme e forte”, e sua retirada sem necessidade técnica configura desperdício. Sobre ele, quem explica é Ivan Magela Rodrigues, Gerente de Planejamento e Acompanhamento do Relacionamento Comercial com Clientes de Distribuição (Diretoria de Distribuição e Comercialização) da CEMIG:
Quanto ao poste localizado na Rua Rogério Severino de Almeida, entre as Ruas P3B e P4A, a Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig informa que a rede elétrica do local, inclusive o poste de aroeira, foi instalada no ano de 1968. Nessa época, a utilização de madeira na posteação da rede elétrica era muito comum, mas nesse mesmo período a Cemig já iniciava a construção de redes com postes de concreto, que é o recurso predominante até os dias atuais.
Texto e foto (02/08/2014): Eitel Teixeira Dannemann.