GAZETA DE PATOS – 1929

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2Faço saber aos interessados que transferi minha residencia para a Fazenda das Cutias e que só virei a esta cidade às segundas-feiras, ou seja, um dia após a sahida da “Gazeta de Patos”. De accordo com a Lei de Imprensa, Dec. n. 84647 de 29 de Fevereiro de 1313 – que diz: Quem não annuncia não vende e, só vende barato quem annuncia – declaro mais o seguinte: ao chegar a esta cidade, vindo da minha Fazenda, vou direitinho à Redacção da “Gazeta de Patos” (sou assignante perpetuo) ninguem, absolutamente ninguem precisa de dizer ao avistar-me:

– Oh! Compadre, você está sumido…

– Alto lá, sumido è burro fugido.

– Não mais vem aqui comprar da gente… você sabe, sou seu amigo, vendo barato…

– Potoca, e o Dec. n. 84647? e não dou confiança, vou seguindo o meu caminho.

De hoje em diante a “Gazeta de Patos” é meu guia.

Dahi então é que saio para fazer minhas compras. E sò compro em casa que annuncia.

Doutor, pharmacia, barbeiro, sapateiro, confeitaria, cinema e muita cousa mais que não entrar com letra redonda no meu jornalzinho pode contar: commigo é no pau da goiaba.

E para não haver reclamação, faço esta declaração.

José Marimbondo

* Fonte: Texto publicado na edição de 28 de julho de 1929 do jornal Gazeta de Patos, do arquivo do Laboratório de História do Unipam.

* Foto: Publicada em 07 de maio de 2015 com o título “Capa do 1.º Número do Jornal Gazeta de Patos”, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

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