Patos de Minas oferece ao visitante uma boa qualidade de hotéis. Turistas, empresários, representantes comerciais ou negociantes em geral encontram diversificação e conforto variáveis de acordo com o que pretendem disponibilizar financeiramente, pois são os que podem pagar por cada “estrela”. Entretanto, há algumas classes de hóspedes que frequentemente visitam a cidade, mas não podem pagar pela hospedagem nos tradicionais hotéis, incluindo os mais simples sem categorização de estrela. Uma delas é a dos pequenos produtores rurais dos distritos que, numa necessidade, precisam dormir na Sede. Outra é a dos inúmeros anônimos parcos de recursos que aqui chegam em busca de trabalho ou que ficam apenas uma noite para seguir seu destino no outro dia. Onde este pessoal se hospeda?
A resposta está nas adjacências do Terminal Rodoviário José Rangel. Na região funcionam inúmeros estabelecimentos de hospedagem que ficam no meio termo entre pensão e mini-hotel, com no máximo dez quartos disponíveis, simplórios ao extremo, um ou dois banheiros coletivos e sem café da manhã. A diária varia entre quinze a vinte e cinco reais dependendo da presença ou não de TV. Sinal de internet nem pensar. Há também muitas residências que estampam placas oferecendo quartos com as mesmas características dos outros. É a simplicidade na acepção exata da palavra, mas, mesmo com pouco ou quase nenhum conforto, estes estabelecimentos atendem muita gente que dormiria no saguão da Rodoviária ou nos bancos no entorno da Lagoa Grande se eles não existissem. O exemplo da foto localiza-se à Rua Iguaçu entre Vereador João Pacheco e Ouro Preto, a poucos metros da orla da lagoa.
* Texto e foto (03/04/2015): Eitel Teixeira Dannemann.