FAIXA DE PEDESTRES: RISCO DE VIDA

Postado por e arquivado em FEBEAPAM - FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLA PATOS DE MINAS.

Urge um estudo sobre os frequentadores das autoescolas, hoje centro de formação de condutores. Sou mais o nome antigo, pois hoje, afora as exceções, não há formação alguma sobre o como conduzir um veículo no trânsito. É certo que são ministradas a todos os frequentadores as nossas leis de trânsito. Mas a partir do momento em que o sujeito consegue sua carteira de motorista, vem um branco total e ele sai pelas vias cometendo as maiores insanidades, com as exceções de sempre.

Por incrível que pareça, apenas uma, somente e apenas uma lei de trânsito, qualquer um respeita, transparecendo até que é a única que ele aprende: o significado da sirene, seja de policial, corpo de bombeiros ou ambulância. Portanto, quando a ouve, trata de arrumar um jeito para dar-lhe passagem. E só. Com as tradicionais exceções, é impressionante a bandalheira no trânsito, substancialmente provocada pelos motoqueiros entregadores, esses que não respeitam nem a mãe deles e são potenciais doadores de órgãos. Fora os semáforos do Centrão, não existe sinal vermelho para eles. Fora as faixas de pedestres com semáforos do Centrão, as outras não existem. E isso é um enorme perigo.

Localize-se agora naquela faixa de pedestres na Rua Major Gote na esquina com sua colega Cesário Alvim. Para atravessá-la, é preciso ser muito prudente. Todo condutor aprendeu que quando um pedestre está começando a atravessar a faixa, ele é OBRIGADO a parar e esperar o pedestre passar. Depois de veículos e motos não darem à mínima para o pedestre, isto é, para a lei, eis que surgem as exceções, e os carros param, inclusive com alguns ligando o pisca-pisca. Então, animado, lá vai o pedestre. E é nesse exato momento que ele corre risco de vida, pois, quase sempre, vem uma moto entre os carros e não quer nem saber se tem alguém atravessando a faixa, nem se for a mãe dele. Já presenciei no local três atropelamentos por moto e um por carro, graças, sem maiores gravidades, e eu já passei por dois quase. Só não aconteceram ainda grandes tragédias porque o pedestre, que tem muito mais neurônios que os tais condutores, não anda dando bobeira.

Eu sei que essa besteira assola todas as cidades. Mas como não tenho nada a ver com as outras cidades, eles que resolvem seus problemas, me preocupo em saber que essa besteira que assola Patos de Minas parece que jamais terá um fim. Primeiramente, pela carência de massa encefálica na maioria dos motoqueiros e muitos motoristas que, além de não respeitar leis de trânsito, ainda fazem questão de colocar a máquina em condições de provocar o maior barulho possível. Segundamente, e por isso a existência do primeiramente, as repetidas gestões burocráticas que passam quatro anos no conhecido feijãozinho com arroz e não tomam providências para moralizar a mobilidade urbana da Cidade. E assim, a besteira segue seu rumo, firme e forte!

* Texto e foto: Eitel Teixeira Dannemann.

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