RALI DE MOTOS ANTÔNIO DIAS-CHAMPAGNAT − RANTOCHA

Postado por e arquivado em FEBEAPAM - FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLA PATOS DE MINAS.

Na maciota, uma turma de motoqueiros, a maioria entregadores, instituiu um sensacional rali num trecho da Rua Major Gote que está fazendo o maior sucesso entre eles: é o Rali Antônio Dias-Champagnat, isto porque acontece na reta entre as duas praças. Pode participar qualquer tipo de moto, não interessa a potência, a cor, o sexo, a idade e muito menos a religião, pois entre eles não existe nenhum tipo de preconceito. Óbvio, mais do que evidente, que não são todos os motoqueiros e muito menos os motociclistas que fazem parte desse rali, pois, fora a morte, sempre há as exceções. Explicado, e continuando, a finalidade principal desse esporte para os adeptos é começar na primeira praça e chegar à segunda na maior velocidade que puder alcançar. Essa é o patota da Turma do RANTOCHA.

O regulamento do Rali Antônio Dias-Champagnat é muito simplório, mas altamente funcional. São apenas três regras, que tem que ser seguidas rigorosamente. Antes, é preciso frisar que há somente um obstáculo no caminho: o semáforo na esquina com a Rua Maestro Randolfo. A faixa elevada de pedestres na esquina com a Cesário Alvim não é considerada obstáculo para a Turma do RANTOCHA, tanto que eles vão reivindicar ao poder público que avise ao povo que o RANTOCHA têm preferência e não se responsabiliza por qualquer sinistro, isto é, se alguém entrar pela tubulação em cima da faixa, problema dele. É na base do eu avisei!

Agora, sobre as regras. Quando o motoqueiro passa pela Praça Antônio Dias e lá na frente vê o sinal verde, ele deve exigir no acelerador tudo o que a máquina pode oferecer, voando entre os carros ou nas laterais, tentando passar pelo sinal a no mínimo 120 km/h e chegar na Praça Champagnat pelo menos a mais de 130 km/h. Se o sinal estiver no vermelho, ele dever diminuir a velocidade, prestar atenção e dane-se sinal vermelho, ele parte veloz para ver se chega na praça a pelo menos uns 120 km/h. Nenhuma moto pode ter o escapamento original, tem que fazer barulho, e quanto mais barulho, mais o membro da turma é respeitado. E é obrigatório fazer vrum-vrum o tempo todo, senão não é considerado pertencente ao grupo, e sim, persona non grata.

Assim, com essas básicas três regras, a Turma do RANTOCHA tem feito a alegria deles mesmos, a qualquer hora do dia, principalmente nos momentos de pico no trânsito. É impressionante presenciar a alegria deles, arqueados no guidom, suspirando felicidade de viver a liberdade de fazer o que mais gostam. Fiquei sabendo que alguns dos membros do RANTOCHA vieram de fora para trabalharem aqui em Patos de Minas, porque em suas cidades a repressão contra eles é muito grande.

Turma do RANTOCHA: De Patos de Minas para o Mundo!

* Texto e foto: Eitel Teixeira Dannemann.

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