Mirando a avenida no alto da torre da Matriz. Na foto 1, no lado direito a casa construída por Olegário Dias Maciel entre 1910 e 1915 (com seu busto em destaque no meio da praça, de 1936). Logo a seguir (na esquina com a Rua Olegário Maciel), a casa construída por Antônio Dias Maciel Júnior (Tonho) em 1907 e adquirida em 1920 por Zama Alves Pereira. No outro lado da esquina, a Rádio Clube (prédio construído por Amadeu Dias Maciel para o seu Cine Olinta, em 1948) e a antiga Prefeitura onde hoje é o Palácio dos Cristais. No lado esquerdo, parte da Escola Normal, o palacete de Amadeus Dias Maciel e o Fórum. Não notamos nenhum indício do Edifício Alvorada, inaugurado em dezembro de 1961. Na foto 2, já chegando na década de 2000, a consequência do progresso e a ausência do busto do Monsenhor Fleury, que foi colocado em 30 de dezembro de 2004 de frente para a Catedral de Santo Antônio e de costas para o busto de Olegário Dias Maciel¹.
* 1: A localização dos dois monumentos na Avenida Getúlio Vargas apresenta uma particularidade interessante. Segundo Alex de Castro Borges e R. M. Ferreira e Silva, em Informe Histórico de Patos de Minas, o conflito religioso entre as famílias Borges e Maciel se refletiu na “configuração simbólica do cenário urbano da cidade de Patos”. A Catedral de Santo Antônio seria a demarcação, o “limite simbólico do território”. Ao norte, território da família Borges; ao sul, da família Maciel. Por causa dessa desavença familiar, o busto de Olegário Maciel foi colocado de costas para a Matriz (território dos Borges) e voltado para o sul, o “futuro” da cidade e onde se localiza a Escola Normal e a Igreja Presbiteriana. Já o busto do Monsenhor Fleury, colocado em 30/12/2004, foi postado de costas para o de Olegário Maciel, a mirar a sua Igreja, o território dos Borges e o lado norte, onde nasceu a cidade e onde se localizam os colégios católicos Nossa Senhora das Graças e Marista².
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Foto 1: Do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam, publicada em 17/07/2013 com o título “Avenida Getúlio Vargas na Década de 1950”.
* Foto 2: Foto Heleno, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann.