SOBRE O SURGIMENTO DO HOTEL MAGNÍFICO − 1

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Vem recebendo as mais justas adesões a louvável iniciativa da constituição de uma sociedade anonima que construirá um grande Hotel nesta cidade.

Cada patense que preza a terra em que vive, não vacila em procurar as reservas de sua bolsa para colaborar no simpático empreendimento.

Já se fala no predio magnifico do nosso Hotel, que engalanará a cidade, como coisa decidida e acima de qualquer duvida e dificuldade.

Uma dificuldade de vulto, porem, já se pronuncia e muito tacto exige para contorná-la.

Trata-se da localização desse predio.

E’ indispensavel se levante ele no centro comercial da cidade, por todos os motivos, inclusive o de sua finalidade precípua.

Os proprietarios na parte comercial, entretanto, criam um obice tremendo contra o empreendimento, porque valorizam astronomicamente os seus imoveis.

E’ verdade que quem tem propriedades no centro comercial da cidade já se considera rico, dado o desenvolvimento admiravel do municipio, e não deve o Hotel reduzi-lo à pobreza.

Mas é preciso um pouco de desprendimento desses proprietarios para que a ideia vingue e triunfe.

O nosso alvitre é de que, escolhido o local e combinado o preço, o alienante receba metade do valor em dinheiro e metade em ações.

Os resultados econômicos do empreendimento são visíveis, de maneira que, sem prejuizo, o proprietario colaborará mais que todos para esse grande progesso da cidade.

* Fonte: Texto publicado com o título “O Hotel projetado” na edição de 19 de dezembro de 1943 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Foto: Cinco primeiros parágrafos do texto original.

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