Morros, colinas, pastos, matas, córregos e ribeirões estão na linha do horizonte na vã esperança de que lá ficarão incólumes na paz de seus sentidos. Enquanto isso, o aço e o concreto misturados ao preto asfáltico das sinuosas vias de acesso ao tudo apontam seus rumos justamente para a paz dos sentidos daqueles entes da natureza. Brevemente serão, inexoravelmente, devorados pela sanha do ardor humano em sua necessidade de expandir seus limites. E então, daqui alguns anos, a visão partirá de cima daquelas colinas, vislumbrando a vastidão e iniciando um novo ciclo de conquistas.
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Foto: Selma Cruz Fotografias, do arquivo de Donaldo Amaro Teixeira.