PRAÇA JOSEFINA MOURÃO NA DÉCADA DE 1960

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Foi na década de 1960 que esse pequeno logradouro sem nome oficial, através de uma adequada urbanização, tomou ares de praça. Em 26 de julho de 1962, o Art. 1.º da Lei n.º 676 assim determinou: Fica denominada praça “Josefina Mourão” o logradouro público compreendido nas confluências das ruas Tiradentes [à esquerda], General Osório [fundo] e Independência [no alto à direita]. Nessa casa branca, o casal José Pereira de Carvalho e Haydée da Silveira Carvalho criou seus oito filhos: Maristela, Valquíria, José Eustáquio, Celso, Maria Paula, Romero, Augusto e Lúcia.

Romero relembra aqueles idos tempos: “Meu pai tinha uma pequena casa que a gente chamava de ‘barracão’. Ele a desmanchou e com muito sacrifício construiu essa que se tornou o maior orgulho pra todos nós. Meu pai não se cansava de gabar a façanha do construtor Geraldo Baiano, que concebeu a estrutura do telhado com cruzetas e tesouras, tudo em peroba e que deu à obra um aspecto bastante original. Nós mudamos pra lá na década de 60, ainda em fase de acabamento e lá crescemos, vivemos nossas infâncias, adolescências e juventudes. A Rua Tiradentes, que ainda não era pavimentada, era bem larga e nesse trecho que ia da esquina da General Osório até a esquina com a Olegário Maciel, o tráfego se dava apenas em meia pista, a outra metade era de lazer para os moradores. Defronte à minha casa havia uma bela e frondosa jabuticabeira que dava frutos 3 a 4 vezes ao ano. Sob a sua copa, a vida escorria pachorrenta e ingênua e se fazia cúmplice das histórias, brincadeiras, folguedos, inconfidências de todos que a ela acorriam. O dia em que vieram os homens com as ferramentas, que o prefeito mandou derrubar foi de uma tristeza sem fim… “é o progresso”, diziam eufóricos os adultos, antevendo a rua calçada e a praça a ser construída no nosso território de ninguém”.

Romero lembra também que, mesmo o local não tendo um nome oficial até o surgimento da Lei n.º 676, era conhecido por Praça Independência, talvez por causa da Rua Independência.

* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Foto: Arquivo de Altamir Fernandes.

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