EDUCAÇÃO E RELIGIÃO

Postado por e arquivado em DISTRITOS, SANTANA DE PATOS.

O ensino em Santana de Patos sempre existiu. A figura do professor particular era presente, lecionando para os filhos dos fazendeiros mais abastados que contratavam os seus serviços. Luiz Manoel Leite, com o título de Comandante do Distrito, em 18 de fevereiro de 1825, do Quartel de Santana da Barra do Espírito Santo, informava ao Juiz Ordinário do Termo de Araxá que, em Santana, nesta ocasião, funcionava uma escola de primeiras letras com o número de sete alunos. Os professores eram pagos e mantidos pelos pais. Nada a cargo da Fazenda Pública.

Assim era ministrado o ensino na época pelos famosos mestres-escolas. Somente a partir de 1867, por força da Lei 1.400, de 09 de novembro, Santana passa a ter sua escola pública, ratificada pela Lei 2.765, de 13 de setembro de 1881, e pelo Decreto 6.758, de 19 de dezembro de 1924.

Conforme Roberto Capri, no começo do século passado funcionava uma “escola estadual para o sexo masculino e uma mista. Dirigida a primeira pelo professor João Ferreira do Amaral e, a segunda, pela professora Joana Adelina do Amaral”. Na mesma época funcionavam uma escola particular noturna para adultos, e outras, particulares, na área rural.

O vereador José Pereira Guimarães, conforme registro em ata da Câmara Municipal, de 26 de setembro de 1917, entrou em acordo com Rufino Nunes de Paula para aquisição de um prédio de sua propriedade destinado ao funcionamento de escolas. O problema ficou definitivamente solucionado com a criação da Escola Estadual Juca Mandu pelo Presidente Olegário Maciel, em 1933, e instalada em 02 de julho de 1934. O patrono foi o chefe político local José Pereira Guimarães, mais conhecido pelo apelido que foi dado à escola.

Funcionou, primeiramente, em casa cedida pela Prefeitura, com apenas duas salas de aula e em regime multi-seriado. O edifício que já sofreu modificação em sua fachada, foi construído de acordo com modelo oficial do Estado. Todo o material foi puxado a carro de boi, inclusive o que veio pela estrada de ferro, via Catiara. A primeira diretora foi Benvinda Silveira. Foi reformado e ampliado em 1988, em 1995 e em 2006. Na década de 1980 foi dotado de extensão de série, da 5.ª à 8.ª. O Ensino Médio teve início em 2004, como extensão da Escola Estadual Professora Elza Carneiro Franco. Deixou de ser extensão em 2005, quando passou a funcionar de forma independente. Possui uma biblioteca que atende a toda população estudantil.

Os mais antigos do lugar contam que ouviram de seus avós: a primeira igreja construída no Distrito foi dedicada a Nossa Senhora do Rosário, no local onde se acha a casa de Baltazar Cupim (Batuta). A matriz foi edificada no final do século 19. Em 1881 ela ainda não estava concluída, pois na sessão da Câmara Municipal de 30 de abril há o registro de orçamento das obras da igreja no valor de 15:240$000. Já na sessão de 06 de julho de 1886, encontra-se lavrado em ata que a Câmara passou procuração para ser recebida, em Ouro Preto, a importância de 2:000$000, em virtude da Lei 3.392, de 21 de junho de 1886, disponibilizando tal valor para realizar reparos na Matriz. A torre foi construída no início do século 20.

A igreja foi tombada pelo Decreto Municipal 2.052, de 14 de abril de1998. A Paróquia é atendida pelo Pároco de Guimarânia, que a assiste semanalmente. Possui os seguintes movimentos: de Jovens, de Catequese, de Casais e Pastorais do Batismo, da Esperança e da Criança. A população se serve do serviço de auto-falante da Igreja para comunicar recados de interesse público, convites, avisos e notícias de óbitos.

O evangelismo foi introduzido na década de 1970, por Tião Azul, Ermelinda Jacinta e Antônio Gonçalves Amaral (Tonico Garimpeiro) com a Igreja Assembléia de Deus. Os primeiros cultos foram celebrados nas próprias residências dos fiéis até a inauguração do templo, em 28 de janeiro de 1993, por Jairo Regino Firmo, tendo como pastor José Wilson Araújo. Com menor número de fiéis, ainda há as confissões Cristã do Brasil, Presbiteriana e Deus é Amor.

* Fonte e foto: Patos de Minas, Meu Bem Querer, de Oliveira Mello.

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