COBRA DO MILHO

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2A Cobra do Milho (Corn Snake) é uma serpente não venenosa de origem norte-americana pertencente ao gênero Pantherophis e à numerosa família Colubridae. São reproduzidas em cativeiro há vários anos, para fins comerciais, pois são excelentes animais de companhia, estando já bem adaptadas ao cativeiro. Surge numa infinidade de mutações e cores, sendo a normal com pigmentos vermelho, amarelo e preto. O nome deve-se ao fato de terem sido descobertas em plantações de milho. Os agricultores pensaram que comiam o milho, mas como a maioria das cobras elas comem roedores e sapos. O comprimento varia entre 120 a 180 cm com longevidade que pode chegar a mais de 18 anos. São encontradas na metade sul do México e nos EUA em florestas com pinheiros, rochedos, prados, colinas e perto de campos cerealíferos e silagens. Encontram-se frequentemente em armazéns de grãos procurando roedores. É uma espécie terrestre passando por isso a maior parte do tempo no chão, mas ocasionalmente podem procurar lugares altos.

Nos EUA, Europa e alguns países asiáticos, especialmente o Japão, a Cobra do Milho é comum nos lares como opção de animal de companhia por causa de seu temperamento sereno e até gostar de carícias. Quando se sentem ameaçadas optam por procurar o refúgio ao invés de atacar e morder. Ocasionalmente podem agitar a cauda em sinal de aviso a potenciais predadores. É um comportamento normal e devemos habituá-las ao manuseio com bastante frequência.

As Cobras do Milho não exigem terrários muito elaborados, mas devem estar em um local à prova de fuga, pois podem escapar onde passe sua cabeça. Um terrário nada mais é do que o local onde a serpente vai ficar, tendo as condições ideais de temperatura e umidade para sua sobrevivência. Quando filhotes podem ficar em tanques plásticos com aproximadamente 35x18x22 sempre com furos na tampa para a respiração. Viveiros muito grandes podem estressá-las quando jovens. As adultas (acima de 1 ano) necessitam de condições um pouco mais elaboradas, sendo um terrário com aproximadamente 1 metro de comprimento por 50 cm de largura e 50 cm de altura, o que permite a serpente se exercitar. Lembrando que quanto mais objetos se colocar dentro do terrário (pote de água, esconderijo, troncos, entre outros), maior deverá ser o espaço interno, aconselhando que ele tenha de 30% a 40% de espaço livre. Pode ser medido o espaço ideal usando sempre 3/4 do tamanho de comprimento da serpente, 1/3 de largura e a altura metade do tamanho do animal. A temperatura ideal deve ser entre 25º a 28ºC.

A alimentação é baseada em roedores com tamanhos adequados à boca. A presa não deverá ultrapassar a largura de uma vez e meia o tamanho da cabeça da cobra. Para as crias recém-nascidas, filhotes de roedores, um a cada 5-6 dias, aumentando gradualmente o tamanho dos roedores a cada 7-14 dias, à medida que vão crescendo. As fêmeas produzem cerca de 20 ovos de cada vez, os quais, ao eclodirem, darão origem a cobras com cerca de 20 centímetros. As cobras adultas podem necessitar de 2 roedores também adultos por refeição. Nos grandes centros urbanos já existem lojas do ramo que vendem ratos de laboratório congelados. Nunca forneça ratos selvagens, pois eles trazem muitos parasitas. É aconselhável manusear a cobra apenas 48h após a refeição para evitar que regurgite o alimento. É preferível alimentá-la fora do terrário para evitar que ingira pedaços de substrato junto com a presa. O resultado pode ser uma obstrução com graves repercussões para o animal. Quando a cobra está relutante em comer, recomenda-se cortar o crânio da presa. Ela vai ser atraída pelo odor do cérebro.

Como todas as outras cobras, elas mudam a camada externa da pele periodicamente ao longo de suas vidas. As mais jovens fazem-no com mais frequência que as adultas, mas de uma maneira geral este processo ocorre várias vezes por ano. Como sintomas deste processo, aparência baça esbranquiçada, inatividade, falta de apetite e uma coloração azul acinzentada dos olhos. Nesta altura ela irá seguramente recusar alimento e procurará esconder-se se for manuseada e ter atitudes mais defensivas devido à pouca visão. Recomenda-se colocar um recipiente com água para ela se molhar. É bom também borrifar o terrário com água com alguma frequência ou colocar um pano úmido no seu interior. Se necessário dê banhos mornos e remova cuidadosamente a pele com um pano húmido.

Como substrato do terrário, papel toalha de cozinha em diversas camadas é uma boa opção. A fibra de coco também é uma boa opção dando uma aparência mais naturalista ao ambiente. É mais adequado quando são necessários maiores índices de humidade.

Todas as Cobras do Milho precisam de água fresca e potável diariamente. Deve ser fornecida num recipiente de tamanho médio e suficientemente pesado para que a cobra não o entorne. Sendo de tamanho adequado, o recipiente também pode servir para os banhos regulares da cobra. Caso ela defeque na água esta deve ser substituída imediatamente.

Pode ocorrer infestação de ácaros. Estes podem ser facilmente encontrados à volta dos olhos, boca e sob as escamas. Se ela se apresentar letárgica e recusar alimento poderá estar infestada. Se verificar que ela tem este problema deverá dirigir-se a um veterinário para obter aconselhamento e resolver este problema. As afecções respiratórias bacterianas são habitualmente provocadas por más condições de manejo como baixa temperatura, demasiada humidade ou mesmo transmissão direta. Os sinais são sibilos ao respirar, salivação excessiva e corrimento nasal. Parecem bocejar com frequência enquanto tentam respirar. Estas infecções podem tornar-se graves e devem ser devidamente acompanhadas por um Médico Veterinário.

Estas são informações simples e preliminares sobre a Cobra do Milho. Para aquele que quiser tê-la como animal de companhia é recomendável procurar informações mais detalhadas com criadores registrados disponíveis na mídia digital.

* Fonte: Portugalreptiles.blogspot.com.br

* Foto: Brasil Pet Shop.

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